quinta-feira, 26 de abril de 2012

considerações dois anos depois

Virei tudo ao contrario
Já não consigo Super Mário
Voltei a pôr tudo no sitio
Sniffo um pouco de lítio
Corto parte do meu cabelo
Cortei dois dedos da minha mão
Olho-me ao espelho
E não vejo qual a razão
Será que fui eu?
Será que eu não percebi como estavas no meio da confusão?
Serei eu o culpado do fim
Mesmo que voltes para repor tudo, sou capaz de te dizer não!
Já pus tudo em questão
Perdi noites em claro
Perdido na culpabilidade alheia
Encontrado no momento raro
Procuro a epifania
A distinta revelação
Preciso de ser, de ter
a necessidade de te dar um estaladão
Mas ainda tens a mania de  rir
Dos meus falhanços
Ainda te achas no direito de me olhar sem preconceito
Como se nada tivesse acontecido
Como se fosses o ser mais-que-perfeito
Ainda me pergunto porquê
Não sei porque me dou ao trabalho?
Ou devo ter pena
Ou sou burro pa caralho
Na altura fazia sentido
que dois e dois fossem quatro
Mas digo-te
Não é por isso que fico com o teu retrato
Vê se morres
Ou se desapareces
Não me interessa
Alguém que ouça as minhas preces
Sinto raiva, desprezo
Mas a tua lata prezo
Porque nunca vais saber o que é
estar todo o tempo com aquela estúpida fé



Sem comentários:

Enviar um comentário