quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ninguém...

A televisão não liga. O radio avariou. Não sei o que se passa no mundo. As revistas estão cheias de paginas brancas. Os jornais não são mais que desenhos inantigíveis que alguém fez à pressa. Estou sozinho em casa. Como em todas as manhas. Um manha normal. Saio de casa. O sol aparece e ilumina a minha pele que parece perfeita. dou um passo e sinto a terra debaixo dos meus pés. Sinto-me bem. Estranhamente bem. caminho em direcção à paragem do autocarro. Não vejo ninguém. A aldeia é um local inóspito. Não há um sinal de vida. Grito por nomes que apareceram agora à minha cabeça. Não sei de onde esses nomes vieram. não obtenho resposta. Ainda ontem consegui colocar o meu primeiro artigo de opinião no JN e agora vejo-.me ao espelho. Tenho barba. Ontem tinha 16 anos. O quê? Que se passa. Talvez não passe de um sonho. Vou até À Capital Europeia da Cultura. Não há sinais de cultura nem de vida. Nem sequer há cidade. Simplesmente uma floresta cheia de árvores. A realidade torna-se confusa. Ainda ontem, cantei no meio da Oliveira para milhares de pessoas que me adoraram e hoje a Oliveira não existe. Não há simplesmente ninguém. Ninguém...

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